Aluna: Christine Lobo
A população brasileira é composta por quase 50% de negros,
que possuem descendência africana. Mesmo assim, grande parte dos brasileiros
ainda associam à África características negativas como pobreza, instabilidade
política, doenças e tribos (ao invés da civilização). Infelizmente, a mídia
somente emite informações ruins sobre esse continente tão grande.
Os brancos sempre foram criados com a falsa ideia de serem
superiores aos negros (sobretudo aos africanos). A escravidão é o principal
assunto trabalhado quando se refere à África nas escolas, enquanto esse
continente possui 54 países e cobre uma área de 20% da superfície terrestre do
planeta. Ainda assim, a história contada pelos europeus exclui e ignora tal
continente.
Muitos não sabem que foi na África que surgiram os primeiros
indivíduos do planeta Terra, de cor negra. De lá, diferentes homens partiram
para diversas áreas, povoando o planeta lentamente. A Pré-História aconteceu na
África, assim como as primeiras instituições e organizações humanas surgiram
nela. Desde muito cedo, ela foi um continente que possuía relações comercias
com diferentes áreas e povos da Europa e da Ásia.
Para os europeus, os grandes grupos de poder formariam a
civilização. Na África, existiam relações entre comunidades nômades e grupos de
poder de cada local. Essas comunidades eram grandes e autônomas e desenvolveram
essa forma de vida como caminho para o desenvolvimento.
A partir do século VII ao século XV, a Europa passou a se
formar de maneira mais profunda. Com o surgimento das grandes rotas comerciais
(principalmente no norte do continente), passando inclusive pelo deserto do
Saara, começou a haver a participação mais ativa da África no circuito
comercial entre continentes.
Já na Idade Moderna a história do Atlântico e da América se
fundiu. A escravidão dos povos africanos passou a ser muito trabalhada e
executada. Foram quase 3 séculos e meio de tráfico negreiro.
No século XVIII e, principalmente, XIX, houve fortes lutas
dos africanos na América, adotando sempre uma posição contra aquela horrenda
situação a qual eram tantos submetidos.
No século XX, o continente africano foi um dos principais
alvos do colonialismo durante a fase do Imperialismo, quando novas articulações
do capitalismo começaram a se ampliar pelo mundo.
A formação dos Estados Nacionais na África foi conflitante,
já que diferentes governantes construíram formas diferentes de governo em cada
local. Havia muitas guerras e resistências diante de diferentes tentativas de
dominação de diferentes grupos africanos.
É importante ressaltar que as sociedades africanas são
resultantes da oralidade, da palavra e cultura popular (também presente no
Brasil).
Grandes Reinos da África Subsaariana
O
reino de Gana foi um dos maiores
impérios formados no continente africano, além de ter sido o mais duradouro
império. Sua área fazia divisa com o imenso deserto do Saara. Desde já,
percebemos a instigante história de um reino que prosperou mesmo não possuindo
saídas para o mar e estando próximo a uma região considerada economicamente
inviável.
As dificuldades
geográficas da região começaram a ser superadas quando as populações da África
Subsaariana (ou África negra) passaram a ter contato com a porção norte do
continente. Graças à domesticação do camelo, foi possível que comunidades
pastoris próximas do Deserto do Saara começassem a empreender novas atividades
econômicas. Nas épocas de seca, os pastores berberes deslocavam-se para a região do Sael para realizar
trocas comerciais com os povos da região.
Sua organização política é motivo de controvérsia entre os historiadores. Mesmo possuindo um amplo território e uma organização política típica dos governos imperiais, Gana não possuía uma cultura militarizada ou expansionista. O Estado era mantido através de um eficiente sistema de cobrança de impostos localizados nos principais entrepostos comerciais de um território não muito bem definido.
A economia comercial de Gana atingiu seu auge no século VIII, ao interligar as regiões do Norte da África, Egito e Sudão. Entre os principais produtos comercializados estavam o sal, tecidos, cavalos, tâmaras, escravos e ouro. Esses dois últimos itens eram de fundamental importância para a expansão econômica do reino de Gana e o considerável aumento da força de trabalho disponível.
O ouro era escoado principalmente para a região do Mar Mediterrâneo. O sal também tinha grande valor mediante sua importância para a conservação de alimentos e a retenção de líquido para os povos que vagueavam no deserto.
O reino de Gana começou a sentir os primeiros sinais de sua crise com o esgotamento das minas de ouro que sustentavam a sua economia. Além disso, após o século VIII, a expansão islâmica ameaçou a estrutura centralizada do governo.
Sua organização política é motivo de controvérsia entre os historiadores. Mesmo possuindo um amplo território e uma organização política típica dos governos imperiais, Gana não possuía uma cultura militarizada ou expansionista. O Estado era mantido através de um eficiente sistema de cobrança de impostos localizados nos principais entrepostos comerciais de um território não muito bem definido.
A economia comercial de Gana atingiu seu auge no século VIII, ao interligar as regiões do Norte da África, Egito e Sudão. Entre os principais produtos comercializados estavam o sal, tecidos, cavalos, tâmaras, escravos e ouro. Esses dois últimos itens eram de fundamental importância para a expansão econômica do reino de Gana e o considerável aumento da força de trabalho disponível.
O ouro era escoado principalmente para a região do Mar Mediterrâneo. O sal também tinha grande valor mediante sua importância para a conservação de alimentos e a retenção de líquido para os povos que vagueavam no deserto.
O reino de Gana começou a sentir os primeiros sinais de sua crise com o esgotamento das minas de ouro que sustentavam a sua economia. Além disso, após o século VIII, a expansão islâmica ameaçou a estrutura centralizada do governo.
O Reino de Mali foi um estado africano localizado no Noroeste da África,
perto do Rio Níger, e que teve seu domínio durante os séculos XIII e XIV. Foi
um Império dentre três consecutivos que dominaram a região, e dentre eles, o
Império de Mali foi o mais extenso territorialmente comparado com os outros
dois, Songhai e Gana.
Seguindo uma cronologia, podemos enumerar o Império de Songhai como o
primeiro império que obteve domínio sob a região do rio Niger, seguido pela
Império de Gana que desapareceu por volta de 1076 imposto um governo de
berberes e dos muçulmanos. Em 1240, o rei de Mali, Sundiata Keita, conquistou
tal área. Logo após essa decadência e essa conquista, ergueu-se o Império de
Mali, que é considerado o maior o maior de todos os impérios medievais
africanos.
O Império de Mali foi muito inconstante, tendo perdido parte
de seu território algumas vezes.
O Império teve seu apogeu no inicio do século XIV com o
governo de Mansa Mussa, que foi o responsável por converter todo o Império para
o Islamismo. Em sua peregrinação a Meca, Mansa Mussa teve o acompanhamento de
cerca de 15 mil homens. Dizem que nessa comitiva havia cerca de 100 camelos e
uma expressiva quantidade de ouro. Nessa peregrinação, ele trouxe para Mali
vários mercadores e sábios que ajudaram na divulgação da religião islâmica.
Quando retornou ao seu Império, Mansa Mussa determinou a
construção de escolas islâmicas na capital do Império. Assim, a capital que era
conhecida por ser um grande centro comercial, ficou conhecida também como um
grande centro de estudos religiosos (Sankoré – grande centro cultural do Reino
de Mali). O controle militar e poder do Reino Mali, fizeram-no o Reino
mais forte da África Subsaariana.
No século XV, as disputas internas fragmentaram o Reino de
Mali, que caíram sob as mãos do Reino de Songhai.
O
Reino de Kush A Núbia é uma região situada no vale do rio Nilo, que atualmente é
partilhada pelo Egito e pelo Sudão, mas é onde na antiguidade se desenvolveu o
que se pensa ser a civilização negra mais antiga da África. Em seus primeiros
tempos, viviam da caça, da coleta e da pesca. Represaram e distribuíram as
águas do Nilo, aproveitando-as para a agricultura. Cultivavam, dentre outras
coisas, trigo, cevada e sorgo.
O Reino do Kush surgiu a partir do
surgimento de comunidades nas margens do rio e da união delas, que passaram a
obedecer um único rei. Por ter sido um reino muito rico e poderoso, o Egito
sentia-se ameaçado pela área. Por esse motivo, foi conquistado pelo Egito em
1530 a.C., mas em 730 a.C. os cuxitas conquistaram o Egito, dando início a uma
dinastia de faraós negros.
·
A escolha do rei era baseada no voto em candidatos mais preparados.
Consulta ao deus da cidade para confirmação.
·
O poder maior cabia ao rei, mas os governadores das províncias tinham
certa autonomia.
·
O papel da mulher na política era importante. A mãe do rei recebia do
título de Candace, influenciando no governo do filho e da nora. Às vezes também
ocupavam o poder político.
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