sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

África

Aluna: Christine Lobo
A população brasileira é composta por quase 50% de negros, que possuem descendência africana. Mesmo assim, grande parte dos brasileiros ainda associam à África características negativas como pobreza, instabilidade política, doenças e tribos (ao invés da civilização). Infelizmente, a mídia somente emite informações ruins sobre esse continente tão grande.

Os brancos sempre foram criados com a falsa ideia de serem superiores aos negros (sobretudo aos africanos). A escravidão é o principal assunto trabalhado quando se refere à África nas escolas, enquanto esse continente possui 54 países e cobre uma área de 20% da superfície terrestre do planeta. Ainda assim, a história contada pelos europeus exclui e ignora tal continente.
Muitos não sabem que foi na África que surgiram os primeiros indivíduos do planeta Terra, de cor negra. De lá, diferentes homens partiram para diversas áreas, povoando o planeta lentamente. A Pré-História aconteceu na África, assim como as primeiras instituições e organizações humanas surgiram nela. Desde muito cedo, ela foi um continente que possuía relações comercias com diferentes áreas e povos da Europa e da Ásia.
Para os europeus, os grandes grupos de poder formariam a civilização. Na África, existiam relações entre comunidades nômades e grupos de poder de cada local. Essas comunidades eram grandes e autônomas e desenvolveram essa forma de vida como caminho para o desenvolvimento.
A partir do século VII ao século XV, a Europa passou a se formar de maneira mais profunda. Com o surgimento das grandes rotas comerciais (principalmente no norte do continente), passando inclusive pelo deserto do Saara, começou a haver a participação mais ativa da África no circuito comercial entre continentes.
Já na Idade Moderna a história do Atlântico e da América se fundiu. A escravidão dos povos africanos passou a ser muito trabalhada e executada. Foram quase 3 séculos e meio de tráfico negreiro.
No século XVIII e, principalmente, XIX, houve fortes lutas dos africanos na América, adotando sempre uma posição contra aquela horrenda situação a qual eram tantos submetidos.
No século XX, o continente africano foi um dos principais alvos do colonialismo durante a fase do Imperialismo, quando novas articulações do capitalismo começaram a se ampliar pelo mundo.
A formação dos Estados Nacionais na África foi conflitante, já que diferentes governantes construíram formas diferentes de governo em cada local. Havia muitas guerras e resistências diante de diferentes tentativas de dominação de diferentes grupos africanos.
É importante ressaltar que as sociedades africanas são resultantes da oralidade, da palavra e cultura popular (também presente no Brasil).
Grandes Reinos da África Subsaariana
O reino de Gana foi um dos maiores impérios formados no continente africano, além de ter sido o mais duradouro império. Sua área fazia divisa com o imenso deserto do Saara. Desde já, percebemos a instigante história de um reino que prosperou mesmo não possuindo saídas para o mar e estando próximo a uma região considerada economicamente inviável.
As dificuldades geográficas da região começaram a ser superadas quando as populações da África Subsaariana (ou África negra) passaram a ter contato com a porção norte do continente. Graças à domesticação do camelo, foi possível que comunidades pastoris próximas do Deserto do Saara começassem a empreender novas atividades econômicas. Nas épocas de seca, os pastores berberes deslocavam-se para a região do Sael para realizar trocas comerciais com os povos da região.

Sua organização política é motivo de controvérsia entre os historiadores. Mesmo possuindo um amplo território e uma organização política típica dos governos imperiais, Gana não possuía uma cultura militarizada ou expansionista. O Estado era mantido através de um eficiente sistema de cobrança de impostos localizados nos principais entrepostos comerciais de um território não muito bem definido.

A economia comercial de Gana atingiu seu auge no século VIII, ao interligar as regiões do Norte da África, Egito e Sudão. Entre os principais produtos comercializados estavam o sal, tecidos, cavalos, tâmaras, escravos e ouro. Esses dois últimos itens eram de fundamental importância para a expansão econômica do reino de Gana e o considerável aumento da força de trabalho disponível.

O ouro era escoado principalmente para a região do Mar Mediterrâneo. O sal também tinha grande valor mediante sua importância para a conservação de alimentos e a retenção de líquido para os povos que vagueavam no deserto.

O reino de Gana começou a sentir os primeiros sinais de sua crise com o esgotamento das minas de ouro que sustentavam a sua economia. Além disso, após o século VIII, a expansão islâmica ameaçou a estrutura centralizada do governo.

O Reino de Mali foi um estado africano localizado no Noroeste da África, perto do Rio Níger, e que teve seu domínio durante os séculos XIII e XIV. Foi um Império dentre três consecutivos que dominaram a região, e dentre eles, o Império de Mali foi o mais extenso territorialmente comparado com os outros dois, Songhai e Gana.
Seguindo uma cronologia, podemos enumerar o Império de Songhai como o primeiro império que obteve domínio sob a região do rio Niger, seguido pela Império de Gana que desapareceu por volta de 1076 imposto um governo de berberes e dos muçulmanos. Em 1240, o rei de Mali, Sundiata Keita, conquistou tal área. Logo após essa decadência e essa conquista, ergueu-se o Império de Mali, que é considerado o maior o maior de todos os impérios medievais africanos.
O Império de Mali foi muito inconstante, tendo perdido parte de seu território algumas vezes.
O Império teve seu apogeu no inicio do século XIV com o governo de Mansa Mussa, que foi o responsável por converter todo o Império para o Islamismo. Em sua peregrinação a Meca, Mansa Mussa teve o acompanhamento de cerca de 15 mil homens. Dizem que nessa comitiva havia cerca de 100 camelos e uma expressiva quantidade de ouro. Nessa peregrinação, ele trouxe para Mali vários mercadores e sábios que ajudaram na divulgação da religião islâmica. 
Quando retornou ao seu Império, Mansa Mussa determinou a construção de escolas islâmicas na capital do Império. Assim, a capital que era conhecida por ser um grande centro comercial, ficou conhecida também como um grande centro de estudos religiosos (Sankoré – grande centro cultural do Reino de Mali). O controle militar e poder do Reino Mali, fizeram-no o Reino mais forte da África Subsaariana.
No século XV, as disputas internas fragmentaram o Reino de Mali, que caíram sob as mãos do Reino de Songhai.
O Reino de Kush A Núbia é uma região situada no vale do rio Nilo, que atualmente é partilhada pelo Egito e pelo Sudão, mas é onde na antiguidade se desenvolveu o que se pensa ser a civilização negra mais antiga da África. Em seus primeiros tempos, viviam da caça, da coleta e da pesca. Represaram e distribuíram as águas do Nilo, aproveitando-as para a agricultura. Cultivavam, dentre outras coisas, trigo, cevada e sorgo.
O Reino do Kush surgiu a partir do surgimento de comunidades nas margens do rio e da união delas, que passaram a obedecer um único rei. Por ter sido um reino muito rico e poderoso, o Egito sentia-se ameaçado pela área. Por esse motivo, foi conquistado pelo Egito em 1530 a.C., mas em 730 a.C. os cuxitas conquistaram o Egito, dando início a uma dinastia de faraós negros.

·                     A escolha do rei era baseada no voto em candidatos mais preparados. Consulta ao deus da cidade para confirmação.
·                     O poder maior cabia ao rei, mas os governadores das províncias tinham certa autonomia.
·                     O papel da mulher na política era importante. A mãe do rei recebia do título de Candace, influenciando no governo do filho e da nora. Às vezes também ocupavam o poder político.

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