sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Geografia – A relação homem natureza e os Conceitos Geográficos

Aluna: Christine Lobo
A indústria modificou o espaço geográfico devido à construção de diversas fábricas, prédios, ferrovias e diversos artifícios que tiveram de ser implantados nas cidades para atender as necessidades industriais. O espaço geográfico é formado pela associação entre a sociedade e a paisagem.
. O que é a Natureza?
    1)      Algo que não foi construído pelo homem, apesar de ser sempre alvo de constantes mudanças devido às necessidades econômicas e sociais da sociedade.
Exemplos: relevo, neve, lagoa, vegetação natural, céu, etc.
. Para Milton Santos, existem duas naturezas distintas:
- Primeira Natureza: A Natureza Natural
Essa natureza existe desde antes do surgimento do homem na Terra. Alguns estudiosos a classificam como Natureza Intocada. É aquele espaço natural que não sofrera modificações provindas do homem. Entretanto, têm se tornado áreas cada vez mais raras, pois mesmo naquelas áreas naturais mais virgens, a poluição pode chegar através de diversas maneiras, como o ar, da água, etc.
- Segunda Natureza: A Natureza Historicizada
É representada pelo espaço geográfico construído pelo homem através da utilização de suas diferentes técnicas.
O que é técnica?
Técnica é diretamente associada a procedimentos e habilidades transmitidas de geração em geração, que podem trazer resultados considerados úteis. Técnica se refere ao saber fazer humano: construir objetos, manusear ferramentas, discursar ou dominar técnicas esportivas, cujo uso pode resultar em objetos: casas, utensílios, ferramentas. É um conhecimento prático que não envolve, necessariamente, nenhuma teoria ou ciência.
Na Pré-História, predominou a técnica do acaso, em que não havia a intenção deliberada de criar, desenvolver ou transmitir as técnicas. Com as grandes civilizações, o saber técnico surge com a figura do artesão, que dominava as técnicas e as transmitia a seus aprendizes.
O que é tecnologia?             
Tecnologia é o uso da ciência elaborado para agir sob a natureza e muda-la e diz respeito a teorias, experiências ou aplicações sobre os materiais ou processos usados nas técnicas, portanto, uma aplicação científica sobre as técnicas. Surgiu com a instituição da ciência moderna, a partir do século XVII. Antes disso, estudiosos como Leonardo da Vinci e Galileu Galilei já haviam organizado estudos e experiências de caráter científico. O objetivo da aplicação da tecnologia em diversos trabalhos cotidianos é para a obtenção de lucro.
“O espaço geográfico é o conjunto indissociável de Objetos e Ações”                               Milton Santos
. O espaço geográfico é:
    1)      A natureza modificada pelo homem.
    2)      O local onde o homem estabelece suas Relações Pessoais, Sociais, Econômicas, Afetivas e Culturais.
. Objetos geográficos: são responsáveis por diversas funções. Podem ser tanto artificiais quanto naturais. Diversos objetos geográficos podem mudar de ação, apesar de continuarem a ser os mesmos objetos.
Exemplo: rodovias, ferrovias, prédios, casas, indústrias, relevos, rios, etc.
Em diversos espaços geográficos, são bastante marcantes as características que prevalecem em cada local. Sempre há a adaptação de lojas, restaurantes, etc. que tentam se adaptar aos lugares em que seus estabelecimentos foram implantados. As características dos lugares influenciam seus meios.
. Paisagem
É uma parte do espaço congelada. A paisagem urbana é constituída por prédios, casas, avenidas movimentadas, comércio, etc. Já a paisagem rural característica é formada por plantações, pomares, tratores, etc.
Sempre que há a criação de uma cidade, muitas mudanças ocorrem na paisagem que havia naquele local.
. Paisagem Natural
Formada por elementos naturais: montanhas, cachoeiras, florestas, praias, etc. É chamada de paisagem natural porque não apresenta nenhuma modificação feita pelo homem.
. Paisagem Humanizada
É aquela paisagem que foi modificada pelo homem, na necessidade de construir casas, prédios, fábricas, avenidas. Essas construções que o homem realiza são chamadas elementos humanizados.  
. Lugar
Pedaço do espaço geográfico onde vivemos nosso cotidiano e desenvolvemos nossas relações sociais, gerando um sentimento de identificação. Identificam-se esses locais a partir de suas leis, de sua língua falada, de suas políticas, de seu comércio, etc. O lugar é o ponto de articulação entre a globalidade e a localidade. Ou seja, esses locais são recheados de seus próprios aspectos locais, mas também são influenciados por diversos aspectos que vêm de fora. Há uma mistura de culturas constante.
. Território
É a porção de espaço geográfico estabelecida sob uma relação de poder. A apropriação de espaço leva, então, à formação de territórios. Entretanto, sempre há a existência de conflitos que envolvem personagens cujos interesses são divergentes. Os territórios nacionais não são frutos de natureza, mas da historicidade. Surgiram pela imposição de uma soberania a uma porção da superfície terrestre, delimitada por fronteiras políticas, apesar de não se resumir a apenas isso. Ele é qualificado por paisagens e domínios naturais, assim como presença de sistemas de objetos pela sociedade nacional.

Exemplo: território do marco-tráfico: estabelece-se uma lei de conduta a partir do momento que certo grupo toma um território. 
                                 
. Região
Recorte do espaço geográfico ligada por traços comuns que a identificam e a diferem de outros espaços. A Região sempre irá depender do que deve ser estudado ou identificado. Podem ser definidas por diversos aspectos, como socioeconômicos, naturais, culturais, etc.
Exemplo: se estivermos estudando sobre urbanização e população do estado do RJ, iremos dividi-lo em várias regiões com destaque para a região metropolitana do RJ. O Brasil foi dividido em cinco regiões administrativas que têm em comum, aspectos econômicos e sociais.
O Mundo Rural
. As diferenças no Mundo Rural
. As condições naturais
O Mundo Rural possui uma série de diferenças econômicas. Existem certas propriedades que são altamente capitalizadas, ou seja, que procuram a mecanização, logo, a modernização, do mundo agrícola. Essas mesmas áreas, utilizam insumos agrícolas.
Os insumos podem ser classificados, genericamente, como todas as despesas e investimentos que contribuem para formação de determinado resultado, mercadoria ou produto até o acabamento ou consumo final. São artigos industriais utilizados para aumentar a produção.
Na atividade agrícola os insumos são compreendidos como todos os produtos necessários à produção vegetal e animal: adubos, vacinas, tratores, sementes, entre outros.
Commodities – produtos agrícolas com alto valor no mercado, que podem originar outros produtos a partir do primeiro. Exemplo: milho, algodão, etc.
Propriedades altamente industriais
                          X
Propriedades que utilizam muita mão de obra ‘
Obs.: locais mais planos facilitam a mecanização de áreas rurais. Além disso, áreas de terreno com declividade correm mais perigo de sofrerem erosão. Nesses locais, há maior uso de mão-de-obra.
Agricultura Arcaica
Poucos insumos agrícolas, com intenso uso de mão-de-obra. Relações de trabalho pré-capitalistas. Escravidão por dívida, não havia salários e se ganhava por trocas.


Agricultura Moderna
Produz commodities, há uma mecanização maior e intenso uso de insumos para atingir uma produção mais ampla. Relações de trabalho capitalistas.
Modernização da agricultura
A modernização significa avanço, mudança de padrão, transformações técnicas e econômicas. Nos países europeus, a modernização rural começou na Rev. Industrial. No Brasil, foi somente após a Primeira Guerra Mundial que o país começou a desenvolver-se e a modernizar-se de maneira mais definitiva. A Modernização que ocorreu no Brasil era chamada de Modernização Excludente ou Conservadora, ou seja, havia uma exclusão territorial nesse processo. Nem todos os locais do espaço geográfico se modernizaram. A estrutura socioeconômica do país continuava a privilegiar os proprietários de terra mais ricos.
                                 
Lixiviação
Exposição do solo em áreas de muita precipitação. Ocorre quando o solo fica demasiadamente exposto (por causa de desmatamento, queimadas ou sobre pastoreio) e, com a ação gradativa da precipitação, o solo acaba tendo seus materiais arrastados, tornando-se primeiro infértil, e depois, podendo ocasionar erosões graves (voçorocas) e desertificação (desmatamento em larga escala).
O lençol freático, muitas vezes, também é poluído devido ao demasiado uso de agrotóxicos na agricultura intensiva. Isso pode provocar a diminuição de reservas de água pura para a população.
Sistemas agrícolas
. Grau de capitalização
. Localização (localidade próxima do mercado de consumo ou não)
. Tamanho da propriedade
. Produto
. Mercado (voltado para o interno ou externo)
- Agricultura Intensiva
Alta capitalização (utilização de insumos agrícolas), monocultura, boa localidade em relação ao mercado, commodities, grande propriedade, oferece produtos para o mercado interno e, principalmente para o externo.
- Agricultura Extensiva
Baixa capitalização, policultura de subsistência, distante do mercado interno, pequena propriedade, baixo valor no mercado.
- Agricultura familiar
Agricultura de subsistência, de jardinagem, onde existe um grande cooperativismo.
- Agricultura patronal
Complexo agroindustrial e agronegócio.
Revolução Verde
A introdução em larga escala, a partir de 1950, em muitos países do mundo, de variedades modernas de alta produtividade foi denominada Revolução Verde. Esse ciclo de avanços, cujo objetivo era intensificar a oferta de alimentos, iniciou-se com os avanços tecnológicos do pós-guerra, com o programa de aumento da produtividade agrícola através de uma tecnologia de controle da natureza, a fim de solucionar os problemas da fome no mundo, vista como um problema de produção.
Na Rev. Verde existe o uso de insumos químicos, sementes de laboratório, irrigação, mecanização, grandes extensões de terra, etc.
Os defensores da Rev. Verde consideravam esta como uma solução para a crise de alimentos mundial e ela de fato trouxe uma grande produtividade. Todavia, foram surgindo críticas devido aos inúmeros impactos ambientais e sociais gerados por ela, com destaque para a perda de variedades antigas e o desemprego de um grande contingente de pessoas.
Muitos dizem que a Rev. Verde foi veículo para a desigualdade social, bem como obstáculo ao desenvolvimento dos pequenos agricultores que sofreram expropriação de terras, já que eles se tornaram dependentes de empresas tecnológicas.
Em meados do século XIX, a formulação de teorias científicas com base em experimentos levou aos adubos químicos e à seleção de características genéticas nas plantas. Assim, o cultivo da terra pelos agricultores com base na fertilização do solo pela matéria orgânica organizado por milênios, foi sendo substituído pela utilização de substâncias químicas, orientada por técnicos e vendedores, levando à adubação química industrial. Os sistemas diversificados rotacionais foram sendo substituídos por sistemas especializados em monoculturas, baseados no pacote tecnológico da Revolução Verde, em insumos industriais, no conhecimento técnico-científico, nas grandes extensões de terra (latifúndios) e na irrigação. Essas transformações resultaram em êxodo rural, dependência da agricultura em relação à indústria e às corporações, dependência do agricultor da ciência e da indústria, expropriação dos camponeses, invasão cultural, desabastecimento do mercado interno, desemprego e contaminação do ser humano e do ambiente como um todo.
A agricultura da Rev. Verde substitui a interação entre solo, água, plantas e animais da agricultura camponesa pela integração de insumos, sementes e produtos químicos. As variedades de sementes laboratoriais, por exemplo, não foram criadas, foram modificadas.
A Rev. Verde baseia-se em monoculturas geneticamente uniformes; já os sistemas agrícolas tradicionais são complexos e extremamente diversos (policultura).
Com o estreitamento das bases genéticas da agricultura, as culturas ficaram fragilizadas e vulneráveis a desequilíbrios, às chamadas “pragas” e doenças, e às vezes variações climáticas.
Agricultura Tradicional X Agricultura Empresarial ou comercial
                           
EUA e a sua agricultura
Sob a lógica da agricultura intensiva, veremos como os EUA utiliza o exercício do poder agrário em escala global.
. Fatores favoráveis à produção estadunidense:
   1)      Recursos Naturais
   2)      Variabilidade Climática: pode haver produção de múltiplos gêneros agrícolas devido aos diferentes tipos de clima.
   3)      Relevo: fator natural que facilita a produção agrícola através da maior facilidade da mecanização em áreas agrícolas mais planas. Nos EUA, existem áreas que são consideradas os maiores polos agrícolas do mundo, áreas totalmente planas, onde a erosão não é um grande perigo.
   4)      Solo menos lixiviado pela não existência de muitas chuvas no clima temperado.
   5)      Cinturão Verde (Green Belt) cujas áreas extremamente produtivas situam-se próximas de áreas de um imenso mercado consumidor.
   6)      Irrigação natural: muitos rios que servem para irrigar o solo.
. Fatores socioeconômicos favoráveis
   1)      O fato de os Estados Unidos possuir a maior economia do mundo e diversos parceiros econômicos, muitos decidem comprar produtos desse mesmo país.
   2)      A atividade agropecuária possibilita a fabricação de produtos e a criação de indústrias. Ou seja, essa atividade é importante porque muitas indústrias fabricam produtos agrícolas, como insumos.
   3)      Mão-de-obra qualificada próxima das áreas rurais.
Observações:
. Holanda é o país da União Europeia que mais utiliza agrotóxicos em suas áreas agrícolas.
. França e Alemanha são os países mais agrários da UE.
Agronegócio é o conjunto de negócios relacionados à agricultura e pecuária dentro do ponto de vista econômico.
Costuma-se dividir o estudo do agronegócio em três partes: na primeira parte os negócios à montante da agropecuária, representados pela indústria e comércio que fornecem insumos para a produção rural, como por exemplo, os fabricantes de fertilizantes, defensivos químicos e equipamentos.
Na segunda parte se trata dos negócios agropecuários propriamente ditos, que representam os produtores rurais, sejam eles pequenos, médios ou grandes, constituídos na forma de pessoas físicas (fazendeiros ou camponeses) ou de pessoas jurídicas (empresas).
E na terceira parte encontram-se as atividades à jusante dos negócios agropecuários, onde estão a compra, transporte, beneficiamento e venda dos produtos agropecuários até o consumidor final.
União Europeia
A União Europeia é um conjunto de países que forma um bloco econômico e que possui uma moeda única. O espaço agrário da EU tem uma paisagem bastante distinta.
Blocos econômicos são associações de países que estabelecem relações econômicas privilegiadas entre si e que tendem a adotar uma soberania comum, ou seja, os parceiros concordam em abrir mão de parte da soberania nacional em proveito de toda a comunidade europeia.
A Europa é um continente que possui uma diversidade étnica e cultural muito abrangente. Existem ódios históricos entre países como Itália e Alemanha, mas ainda sim eles conseguem se organizar na UE sem grandes conflitos.
Na UE também há a existência de muitas manifestações devido a más condições de vida de parte da população.
O Leste Europeu é composto por antigos países socialistas.
Como surgiu o Mercado Comum Europeu
Jean Monnet foi um político francês, visto por muitos como o arquiteto da unidade europeia (CEE). Ele idealizou a Ceca (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço) e desejava a reconciliação política entre a Inglaterra e a França. Mas ele foi um dos criadores da Ceca muito mais por motivos econômicos: a criação de um mecanismo de fusão supracional da indústria siderúrgica e dos recursos naturais que a alimentam.
A ideia essencial do acordo da Ceca era a da criação de um mercado comum europeu, apoiado pelo Tratado de Roma.
A assinatura deste tratado é o culminar de um processo que surge após a Segunda Guerra Mundial, que deixou a Europa econômica e politicamente destruída, e fragilizada face as duas superpotênciasEstados Unidos e União Soviética.
O relativo sucesso, a longo prazo, do bloco econômico comunitário pode ser avaliado pelo crescimento do PIB dos países, comparando-o com o dos EUA. Hoje em dia, o PIB comunitário é quase igual ao dos Estados Unidos. Esses países exportam e importam em conjunto uns com os outros.
O Tratado de Roma de 1957 tinha como meta a promoção das chamadas “quatro liberdades”: de circulação de mercadorias, capitais, serviços e pessoas. Durante 3 décadas o MCE (Mercado Comum Europeu) avançou lentamente, reduzindo barreiras e estimulando o comércio intra-europeu.
As áreas da Europa são divididas em:
. Europa Nórdica
. Europa Central
. Península Ibérica
. Leste Europeu
. Península dos Bakãs
. Países Bálticos
Ou ainda:
. Europa Setentrional
. Europa Centro-oriental 
. Europa Ocidental
. Europa Meridional 
Os gêneros agrícolas europeus são sempre associados ao típico clima frio daquelas áreas. Por isso, o espaço agrário europeu tem limitações no ponto de vista climático. Esses climas se dividem em:
. Subpolar e Frio das Montanhas                                                                                                             . Temperado Frio                                                                                                                             . Temperado Oceânico                                                                                                                                  . Temperado Continental                                                                                                                                                                 . Mediterrâneo                                                                                                                                                 . Semi-árido Temperado
O relevo da Europa também não é muito favorável para a plantação. Ele é constituído por muitas áreas elevadas, dificultando a produção. Já as áreas mais planas concentram-se nos países setentrionais, onde é muito frio.
Línguas:
. Línguas germânicas
. Línguas românicas
. Línguas eslavas
Outras menos predominantes:
Línguas bálticas, línguas célticas, grego, turco, finés e estônio e vasco.
Expansão da UE
. 1957 – Europa dos seis
Alemanha Ocidental, Bélgica, Holanda, França, Itália e Luxemburgo criaram o Mercado Comum Europeu através do Tratado de Roma. Tinha como finalidade o estabelecimento de um mercado comum da comunidade europeia. Depois da Segunda Guerra Mundial, a Europa precisava se reerguer economicamente. Entretanto, esses países começaram a perceber que isoladamente não iriam conseguir competir com os EUA. Por isso, eles uniram forças para que conseguissem ultrapassar essa economia dos Estados Unidos.
Por que a Inglaterra não quis entrar no MCE e, ao mesmo tempo, esses seis países não almejavam a sua entrada?
A França e a Alemanha Ocidental desconfiavam que a Inglaterra fosse parceira dos EUA devido à origem histórica do último. Já a Inglaterra possuía muitos parceiros econômicos e colônias em outros locais do globo, sua economia já era sólida e extremamente forte, então ela não “precisava” do MCE.
Dentro do MCE existia algo denominado PAC (Política Agrícola Comum). Nessa política eram determinados: protecionismo alfandegário e subsídios. Esses subsídios eram extremamente necessários já que a Europa não possuía recursos naturais adequados para a introdução dos diferentes gêneros agrícolas. Assim, eles precisavam de muita capital para esses subsídios.
Protecionismo: aumento dos preços dos produtos que vinham de fora para competirem com os produtos regionais.
1973 – Europa dos nove
Milagre Econômico: os seis países que compunham o MCE recuperaram a sua economia e começaram a crescer em um ritmo acelerado. Por outro lado, a Inglaterra decide entrar para o MCE em função do processo de grande crescimento econômico dessa comunidade. A Inglaterra foi o primeiro país desenvolvido a introduzir uma política neoliberal e ela tinha indústrias que atuavam em escala global e isso significa mais países com que o MCE poderia realizar transações econômicas.
A Irlanda também foi aderida ao MCE e como ela possuía mão-de-obra barata e muito espaço para a instalação de indústrias, os países a desejavam na comunidade.
Crise Mundial do Petróleo em 1963
Países do Oriente Médio aumentaram o preço do petróleo. Assim, aqueles países que faziam parte do MCE, buscaram outras áreas próximas para que pudessem adquirir esse produto sem a necessidade de pagar um preço tão alto, como a Inglaterra. Foi por esse motivo que o MCE também almejou a adesão desse país na comunidade europeia.
1981 – Europa dos dez
Dentro da lógica da Guerra Fria, a Grécia aderir ao MCE era algo estratégico, porque ela possuía fronteiras próximas à Rússia (Ex-União Soviética). Além disso, ela tinha poucas indústrias e oferecia muito espaço para a instalação dessas. A Grécia também vendia em baixos preços produtos agrícolas (frutas cítricas) de clima mediterrâneo (ela pertence à Europa Meridional). Assim, o MCE não precisa mais comprar produtos dos países africanos com tanta frequência. E, por último, a Grécia é a segunda maior área periférica da Europa, já que a primeira é a Irlanda.
1986 – Europa dos doze
Portugal e Espanha anexaram-se ao MCE. Eram países de baixa industrialização que também significavam um amplo mercado consumidor e espaço para a construção de indústrias. Esses países tiveram que modificar e desenvolver sua infraestrutura para que pudessem socializar com outros países da Europa. Novas ferrovias passaram a ser construídas para essa socialização. Também são países mediterrâneos que oferecem frutas cítricas por baixos preços.
1992 – Assinatura do Tratado de Maastricht
. Com a assinatura de tal tratado ocorreu a criação do euro, moeda única da, afinal criada, União Europeia.
Nesse período, a Alemanha se tornou um país único e passou a ser o maior país da UE. Houve então, uma imposição do sistema capitalista sobre o mundo socialista.
Nova Ordem Econômica Internacional
. Desmembramento da URSS.
. Fim da Guerra Fria
. Fim da Ordem Bipolar
A partir dessa nova ordem, há a introdução do sistema capitalista no leste europeu. Para que houvesse o ingresso desses países na UE, era preciso bolar uma nova infraestrutura para promover esses países ex-socialistas com os capitalistas. As próprias indústrias precisavam se modificar.
1995 – Europa dos quinze
Ingresso da Suécia, da Finlândia e da Áustria na UE. Essa adesão indica novos mercados e maior possibilidade de trabalho. Além disso, a Finlândia e a Suécia possuíam uma pesca bem desenvolvida, mas precisavam de produtos agrícolas devido ao clima rigoroso. Então, havia um sistema de venda de mercadorias entre esses países e os outros da UE. Já a Áustria tem uma posição central na Europa e possuía um sistema ferroviário bem desenvolvido.
2004 – Europa dos vinte e cinco
. Expansão para o leste europeu.
Países: Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, Hungria, República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia, Chipre e Malta. Foi necessário que esses países passassem por modernizações econômicas e ajustes fiscais, ainda mais por causa da mudança do sistema socialista para o capitalista.
2007 – Europa dos vinte sete
A Romênia e a Bulgária passam a fazer parte da UE. A Romênia é considerada uma periferia dentro da periferia que é o leste europeu. Ambos os países tinham baixa industrialização e desenvolviam atividades agrícolas. Para os países mais desenvolvidos, a Romênia significava mais trabalho.
A Croácia ingressou em 2013 na UE, indicando mais mercado consumidor.
















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