Aluna: Christine Lobo
A indústria
modificou o espaço geográfico devido à construção de diversas fábricas,
prédios, ferrovias e diversos artifícios que tiveram de ser implantados nas
cidades para atender as necessidades industriais. O espaço geográfico é formado
pela associação entre a sociedade e a paisagem.
. O que é a Natureza?
1) Algo que não foi construído pelo
homem, apesar de ser sempre alvo de constantes mudanças devido às necessidades
econômicas e sociais da sociedade.
Exemplos:
relevo, neve, lagoa, vegetação natural, céu, etc.
. Para
Milton Santos, existem duas naturezas distintas:
- Primeira Natureza: A Natureza Natural
Essa
natureza existe desde antes do surgimento do homem na Terra. Alguns estudiosos
a classificam como Natureza
Intocada. É aquele espaço natural que não sofrera modificações provindas
do homem. Entretanto, têm se tornado áreas cada vez mais raras, pois mesmo
naquelas áreas naturais mais virgens, a poluição pode chegar através de
diversas maneiras, como o ar, da água, etc.
- Segunda
Natureza: A Natureza Historicizada
É
representada pelo espaço geográfico construído pelo homem através da utilização
de suas diferentes técnicas.
O que é técnica?
Técnica é
diretamente associada a procedimentos e habilidades transmitidas de geração em
geração, que podem trazer resultados considerados úteis. Técnica se refere ao
saber fazer humano: construir objetos, manusear ferramentas, discursar ou
dominar técnicas esportivas, cujo uso pode resultar em objetos: casas,
utensílios, ferramentas. É
um conhecimento prático que não envolve, necessariamente, nenhuma teoria ou
ciência.
Na
Pré-História, predominou a técnica do acaso, em que não havia a intenção
deliberada de criar, desenvolver ou transmitir as técnicas. Com as grandes
civilizações, o saber técnico surge com a figura do artesão, que dominava as
técnicas e as transmitia a seus aprendizes.
O que é tecnologia?
Tecnologia é o uso da ciência elaborado para agir sob a
natureza e muda-la e diz respeito a teorias, experiências ou aplicações sobre
os materiais ou processos usados nas técnicas, portanto, uma aplicação científica sobre as
técnicas. Surgiu com a instituição da ciência moderna, a partir do
século XVII. Antes disso, estudiosos como Leonardo da Vinci e Galileu Galilei
já haviam organizado estudos e experiências de caráter científico. O objetivo
da aplicação da tecnologia em diversos trabalhos cotidianos é para a obtenção
de lucro.
“O espaço geográfico é o conjunto indissociável de Objetos
e Ações” Milton Santos
. O espaço
geográfico é:
1) A natureza modificada pelo homem.
2) O local onde o homem estabelece suas
Relações Pessoais, Sociais, Econômicas, Afetivas e Culturais.
. Objetos
geográficos: são responsáveis por diversas funções. Podem ser tanto artificiais
quanto naturais. Diversos objetos geográficos podem mudar de ação, apesar de
continuarem a ser os mesmos objetos.
Exemplo:
rodovias, ferrovias, prédios, casas, indústrias, relevos, rios, etc.
Em diversos
espaços geográficos, são bastante marcantes as características que prevalecem
em cada local. Sempre há a adaptação de lojas, restaurantes, etc. que tentam se
adaptar aos lugares em que seus estabelecimentos foram implantados. As
características dos lugares influenciam seus meios.
. Paisagem
É uma parte
do espaço congelada. A paisagem urbana é constituída por prédios, casas,
avenidas movimentadas, comércio, etc. Já a paisagem rural característica é
formada por plantações, pomares, tratores, etc.
Sempre que
há a criação de uma cidade, muitas mudanças ocorrem na paisagem que havia
naquele local.
. Paisagem
Natural
Formada por elementos naturais:
montanhas, cachoeiras, florestas, praias, etc. É chamada de paisagem natural
porque não apresenta nenhuma modificação feita pelo homem.
. Paisagem Humanizada
É aquela
paisagem que foi modificada pelo homem, na necessidade de construir casas,
prédios, fábricas, avenidas. Essas construções que o homem realiza são chamadas elementos humanizados.
. Lugar
Pedaço do
espaço geográfico onde vivemos nosso cotidiano e desenvolvemos nossas relações
sociais, gerando um sentimento de identificação. Identificam-se esses locais a
partir de suas leis, de sua língua falada, de suas políticas, de seu comércio,
etc. O lugar é o ponto de articulação entre a globalidade e a localidade. Ou
seja, esses locais são recheados de seus próprios aspectos locais, mas também
são influenciados por diversos aspectos que vêm de fora. Há uma mistura de
culturas constante.
. Território
É a porção
de espaço geográfico estabelecida
sob uma relação de poder. A apropriação de espaço leva, então, à
formação de territórios. Entretanto, sempre há a existência de conflitos que
envolvem personagens cujos interesses são divergentes. Os territórios nacionais
não são frutos de natureza, mas da historicidade. Surgiram pela imposição de
uma soberania a uma porção da superfície terrestre, delimitada por fronteiras
políticas, apesar de não se resumir a apenas isso. Ele é qualificado por
paisagens e domínios naturais, assim como presença de sistemas de objetos pela
sociedade nacional.
Exemplo:
território do marco-tráfico: estabelece-se uma lei de conduta a partir do
momento que certo grupo toma um território.
. Região
Recorte do
espaço geográfico ligada por traços comuns que a identificam e a diferem de
outros espaços. A Região sempre irá depender do que deve ser estudado ou
identificado. Podem ser definidas por diversos aspectos, como socioeconômicos,
naturais, culturais, etc.
Exemplo: se
estivermos estudando sobre urbanização e população do estado do RJ, iremos
dividi-lo em várias regiões com destaque para a região metropolitana do RJ. O
Brasil foi dividido em cinco regiões administrativas que têm em comum, aspectos
econômicos e sociais.
O Mundo Rural
. As
diferenças no Mundo Rural
. As
condições naturais
O Mundo
Rural possui uma série de diferenças econômicas. Existem certas propriedades
que são altamente capitalizadas, ou seja, que procuram a mecanização, logo, a
modernização, do mundo agrícola. Essas mesmas áreas, utilizam insumos agrícolas.
Os insumos podem ser classificados, genericamente, como todas as despesas
e investimentos que contribuem para formação de determinado resultado, mercadoria
ou produto até o acabamento ou consumo final. São artigos industriais utilizados para aumentar a
produção.
Na atividade agrícola os insumos são compreendidos como todos os produtos
necessários à produção vegetal e animal: adubos, vacinas, tratores, sementes,
entre outros.
Commodities
– produtos agrícolas com alto valor no mercado, que podem originar outros
produtos a partir do primeiro. Exemplo: milho, algodão, etc.
Propriedades
altamente industriais
X
Propriedades
que utilizam muita mão de obra ‘
Obs.: locais
mais planos facilitam a mecanização de áreas rurais. Além disso, áreas de
terreno com declividade correm mais perigo de sofrerem erosão. Nesses locais,
há maior uso de mão-de-obra.
Agricultura
Arcaica
Poucos
insumos agrícolas, com intenso uso de mão-de-obra. Relações de trabalho
pré-capitalistas. Escravidão por dívida, não havia salários e se ganhava por
trocas.
Agricultura Moderna
Produz
commodities, há uma mecanização maior e intenso uso de insumos para atingir uma
produção mais ampla. Relações de trabalho capitalistas.
Modernização da
agricultura
A
modernização significa avanço, mudança de padrão, transformações técnicas e
econômicas. Nos países europeus, a modernização rural começou na Rev.
Industrial. No Brasil, foi somente após a Primeira Guerra Mundial que o país
começou a desenvolver-se e a modernizar-se de maneira mais definitiva. A
Modernização que ocorreu no Brasil era chamada de Modernização Excludente ou
Conservadora, ou seja, havia uma exclusão territorial nesse processo. Nem todos
os locais do espaço geográfico se modernizaram. A estrutura socioeconômica do
país continuava a privilegiar os proprietários de terra mais ricos.
Lixiviação
Exposição do
solo em áreas de muita precipitação. Ocorre quando o solo fica demasiadamente
exposto (por causa de desmatamento, queimadas ou sobre pastoreio) e, com a ação gradativa da
precipitação, o solo acaba tendo seus materiais arrastados, tornando-se
primeiro infértil, e depois, podendo ocasionar erosões graves (voçorocas) e
desertificação (desmatamento em larga escala).
O lençol
freático, muitas vezes, também é poluído devido ao demasiado uso de agrotóxicos
na agricultura intensiva. Isso pode provocar a diminuição de reservas de água
pura para a população.
Sistemas agrícolas
. Grau de
capitalização
. Localização (localidade próxima do mercado de consumo ou não)
.
Tamanho da propriedade
.
Produto
.
Mercado (voltado para o interno ou externo)
- Agricultura
Intensiva
Alta
capitalização (utilização de insumos agrícolas), monocultura, boa localidade em
relação ao mercado, commodities, grande propriedade, oferece produtos para o
mercado interno e, principalmente para o externo.
- Agricultura
Extensiva
Baixa
capitalização, policultura de subsistência, distante do mercado interno,
pequena propriedade, baixo valor no mercado.
- Agricultura familiar
Agricultura
de subsistência, de jardinagem, onde existe um grande cooperativismo.
- Agricultura patronal
Complexo
agroindustrial e agronegócio.
Revolução Verde
A introdução
em larga escala, a partir de 1950, em muitos países do mundo, de variedades
modernas de alta produtividade foi denominada Revolução Verde. Esse ciclo de
avanços, cujo objetivo era intensificar a oferta de alimentos, iniciou-se com
os avanços tecnológicos do pós-guerra, com o programa de aumento da
produtividade agrícola através de uma tecnologia de controle da natureza, a fim
de solucionar os problemas da fome no mundo, vista como um problema de
produção.
Na Rev.
Verde existe o uso de insumos químicos, sementes de laboratório, irrigação,
mecanização, grandes extensões de terra, etc.
Os
defensores da Rev. Verde consideravam esta como uma solução para a crise de
alimentos mundial e ela de fato trouxe uma grande produtividade. Todavia, foram
surgindo críticas devido aos inúmeros impactos ambientais e sociais gerados por
ela, com destaque para a perda de variedades antigas e o desemprego de um
grande contingente de pessoas.
Muitos dizem
que a Rev. Verde foi veículo para a desigualdade social, bem como obstáculo ao
desenvolvimento dos pequenos agricultores que sofreram expropriação de terras,
já que eles se tornaram dependentes de empresas tecnológicas.
Em meados do
século XIX, a formulação de teorias científicas com base em experimentos levou
aos adubos químicos e à seleção de características genéticas nas plantas.
Assim, o cultivo da terra pelos agricultores com base na fertilização do solo
pela matéria orgânica organizado por milênios, foi sendo substituído pela
utilização de substâncias químicas, orientada por técnicos e vendedores,
levando à adubação química industrial. Os sistemas diversificados rotacionais
foram sendo substituídos por sistemas especializados em monoculturas, baseados
no pacote tecnológico da Revolução Verde, em insumos industriais, no
conhecimento técnico-científico, nas grandes extensões de terra (latifúndios) e
na irrigação. Essas
transformações resultaram em êxodo rural, dependência da agricultura em relação
à indústria e às corporações, dependência do agricultor da ciência e da
indústria, expropriação dos camponeses, invasão cultural, desabastecimento do
mercado interno, desemprego e contaminação do ser humano e do ambiente como um
todo.
A
agricultura da Rev. Verde substitui a interação entre solo, água, plantas e
animais da agricultura camponesa pela integração de insumos, sementes e
produtos químicos. As variedades de sementes laboratoriais, por exemplo, não
foram criadas, foram modificadas.
A Rev. Verde
baseia-se em monoculturas geneticamente uniformes; já os sistemas agrícolas
tradicionais são complexos e extremamente diversos (policultura).
Com o
estreitamento das bases genéticas da agricultura, as culturas ficaram
fragilizadas e vulneráveis a desequilíbrios, às chamadas “pragas” e doenças, e
às vezes variações climáticas.
Agricultura Tradicional X Agricultura Empresarial ou
comercial
EUA e a sua
agricultura
Sob
a lógica da agricultura intensiva, veremos como os EUA utiliza o exercício do poder
agrário em escala global.
.
Fatores favoráveis à produção estadunidense:
1) Recursos Naturais
2) Variabilidade Climática: pode haver
produção de múltiplos gêneros agrícolas devido aos diferentes tipos de clima.
3) Relevo: fator natural que facilita a
produção agrícola através da maior facilidade da mecanização em áreas agrícolas
mais planas. Nos EUA, existem áreas que são consideradas os maiores polos
agrícolas do mundo, áreas totalmente planas, onde a erosão não é um grande
perigo.
4) Solo menos lixiviado pela não
existência de muitas chuvas no clima temperado.
5) Cinturão Verde (Green Belt) cujas
áreas extremamente produtivas situam-se próximas de áreas de um imenso mercado
consumidor.
6) Irrigação natural: muitos rios que
servem para irrigar o solo.
. Fatores
socioeconômicos favoráveis
1) O fato de os Estados Unidos possuir a
maior economia do mundo e diversos parceiros econômicos, muitos decidem comprar
produtos desse mesmo país.
2) A atividade agropecuária possibilita
a fabricação de produtos e a criação de indústrias. Ou seja, essa atividade é
importante porque muitas indústrias fabricam produtos agrícolas, como insumos.
3) Mão-de-obra qualificada próxima das
áreas rurais.
Observações:
. Holanda é
o país da União Europeia que mais utiliza agrotóxicos em suas áreas agrícolas.
. França e
Alemanha são os países mais agrários da UE.
Agronegócio é o conjunto de negócios relacionados à agricultura e
pecuária dentro do ponto de vista econômico.
Costuma-se dividir o estudo do agronegócio em três partes: na primeira
parte os negócios à montante da agropecuária, representados pela indústria e
comércio que fornecem insumos para a produção rural, como por exemplo, os
fabricantes de fertilizantes, defensivos químicos e equipamentos.
Na segunda parte se trata dos negócios agropecuários propriamente
ditos, que representam os produtores rurais, sejam eles pequenos, médios ou
grandes, constituídos na forma de pessoas físicas (fazendeiros ou camponeses)
ou de pessoas jurídicas (empresas).
E na terceira parte encontram-se as atividades à jusante dos negócios
agropecuários, onde estão a compra, transporte, beneficiamento e venda dos
produtos agropecuários até o consumidor final.
União Europeia
A União
Europeia é um conjunto de países que forma um bloco econômico e que possui uma moeda única. O
espaço agrário da EU tem uma paisagem bastante distinta.
Blocos
econômicos são associações de países que estabelecem relações econômicas
privilegiadas entre si e que tendem a adotar uma soberania comum, ou seja, os
parceiros concordam em abrir mão de parte da soberania nacional em proveito de
toda a comunidade europeia.
A Europa é
um continente que possui uma diversidade étnica e cultural muito abrangente.
Existem ódios históricos entre países como Itália e Alemanha, mas ainda sim
eles conseguem se organizar na UE sem grandes conflitos.
Na UE também
há a existência de muitas manifestações devido a más condições de vida de parte
da população.
O Leste
Europeu é composto por antigos países socialistas.
Como surgiu o Mercado Comum Europeu
Jean
Monnet foi um político francês, visto por muitos como o arquiteto da unidade europeia (CEE). Ele idealizou a Ceca (Comunidade
Europeia do Carvão e do Aço) e desejava a reconciliação política entre a Inglaterra e a França. Mas
ele foi um dos criadores da Ceca muito mais por motivos econômicos: a criação
de um mecanismo de fusão supracional da indústria siderúrgica e dos recursos
naturais que a alimentam.
A ideia
essencial do acordo da Ceca era a da criação de um mercado comum europeu,
apoiado pelo Tratado de Roma.
A assinatura
deste tratado é o culminar de um processo que surge após a Segunda Guerra
Mundial, que deixou
a Europa econômica e politicamente destruída, e fragilizada face as
duas superpotências: Estados Unidos e União Soviética.
O relativo
sucesso, a longo prazo, do bloco econômico comunitário pode ser avaliado pelo
crescimento do PIB dos países, comparando-o com o dos EUA. Hoje em dia, o PIB
comunitário é quase igual ao dos Estados Unidos. Esses países exportam e
importam em conjunto uns com os outros.
O Tratado de
Roma de 1957 tinha como meta a promoção das chamadas “quatro liberdades”: de
circulação de mercadorias, capitais, serviços e pessoas. Durante 3 décadas o
MCE (Mercado Comum Europeu) avançou lentamente, reduzindo barreiras e
estimulando o comércio intra-europeu.
As áreas da
Europa são divididas em:
. Europa
Nórdica
. Europa Central
.
Península Ibérica
. Leste Europeu
. Península dos Bakãs
.
Países Bálticos
Ou ainda:
. Europa
Setentrional
. Europa Centro-oriental
. Europa Ocidental
. Europa
Meridional
Os gêneros
agrícolas europeus são sempre associados ao típico clima frio daquelas áreas.
Por isso, o espaço agrário europeu tem limitações no ponto de vista climático.
Esses climas se dividem em:
. Subpolar e
Frio das Montanhas
. Temperado Frio
. Temperado
Oceânico
. Temperado Continental
.
Mediterrâneo
. Semi-árido Temperado
O relevo da
Europa também não é muito favorável para a plantação. Ele é constituído por
muitas áreas elevadas, dificultando a produção. Já as áreas mais planas
concentram-se nos países setentrionais, onde é muito frio.
Línguas:
. Línguas
germânicas
. Línguas românicas
.
Línguas eslavas
Outras menos
predominantes:
Línguas
bálticas, línguas célticas, grego, turco, finés e estônio e vasco.
Expansão da UE
. 1957 – Europa dos seis
Alemanha
Ocidental, Bélgica, Holanda, França, Itália e Luxemburgo criaram o Mercado
Comum Europeu através do Tratado de Roma. Tinha como finalidade o
estabelecimento de um mercado comum da comunidade europeia. Depois da Segunda
Guerra Mundial, a Europa precisava se reerguer economicamente. Entretanto,
esses países começaram a perceber que isoladamente não iriam conseguir competir
com os EUA. Por isso, eles uniram forças para que conseguissem ultrapassar essa
economia dos Estados Unidos.
Por que a Inglaterra não quis entrar no MCE e, ao mesmo
tempo, esses seis países não almejavam a sua entrada?
A França e a
Alemanha Ocidental desconfiavam que a Inglaterra fosse parceira dos EUA devido
à origem histórica do último. Já a Inglaterra possuía muitos parceiros
econômicos e colônias em outros locais do globo, sua economia já era sólida e
extremamente forte, então ela não “precisava” do MCE.
Dentro do
MCE existia algo denominado PAC (Política Agrícola Comum). Nessa política eram
determinados: protecionismo alfandegário e subsídios. Esses subsídios eram
extremamente necessários já que a Europa não possuía recursos naturais
adequados para a introdução dos diferentes gêneros agrícolas. Assim, eles
precisavam de muita capital para esses subsídios.
Protecionismo:
aumento dos preços dos produtos que vinham de fora para competirem com os
produtos regionais.
1973 – Europa dos nove
Milagre
Econômico: os seis países que compunham o MCE recuperaram a sua economia e
começaram a crescer em um ritmo acelerado. Por outro lado, a Inglaterra decide
entrar para o MCE em função do processo de grande crescimento econômico dessa
comunidade. A Inglaterra foi o primeiro país desenvolvido a introduzir uma
política neoliberal e ela tinha indústrias que atuavam em escala global e isso
significa mais países com que o MCE poderia realizar transações econômicas.
A Irlanda
também foi aderida ao MCE e como ela possuía mão-de-obra barata e muito espaço
para a instalação de indústrias, os países a desejavam na comunidade.
Crise Mundial do Petróleo em 1963
Países do
Oriente Médio aumentaram o preço do petróleo. Assim, aqueles países que faziam
parte do MCE, buscaram outras áreas próximas para que pudessem adquirir esse
produto sem a necessidade de pagar um preço tão alto, como a Inglaterra. Foi
por esse motivo que o MCE também almejou a adesão desse país na comunidade
europeia.
1981 – Europa dos dez
Dentro da
lógica da Guerra Fria, a Grécia aderir ao MCE era algo estratégico, porque ela
possuía fronteiras próximas à Rússia (Ex-União Soviética). Além disso, ela
tinha poucas indústrias e oferecia muito espaço para a instalação dessas. A
Grécia também vendia em baixos preços produtos agrícolas (frutas cítricas) de
clima mediterrâneo (ela pertence à Europa Meridional). Assim, o MCE não precisa
mais comprar produtos dos países africanos com tanta frequência. E, por último,
a Grécia é a segunda maior área periférica da Europa, já que a primeira é a
Irlanda.
1986 – Europa dos doze
Portugal e
Espanha anexaram-se ao MCE. Eram países de baixa industrialização que também
significavam um amplo mercado consumidor e espaço para a construção de
indústrias. Esses países tiveram que modificar e desenvolver sua infraestrutura
para que pudessem socializar com outros países da Europa. Novas ferrovias
passaram a ser construídas para essa socialização. Também são países
mediterrâneos que oferecem frutas cítricas por baixos preços.
1992 –
Assinatura do Tratado de Maastricht
. Com a
assinatura de tal tratado ocorreu a criação do euro, moeda única da, afinal
criada, União Europeia.
Nesse
período, a Alemanha se tornou um país único e passou a ser o maior país da UE.
Houve então, uma imposição do sistema capitalista sobre o mundo socialista.
Nova Ordem Econômica Internacional
.
Desmembramento da URSS.
. Fim da Guerra Fria
.
Fim da Ordem Bipolar
A partir
dessa nova ordem, há a introdução do sistema capitalista no leste europeu. Para
que houvesse o ingresso desses países na UE, era preciso bolar uma nova
infraestrutura para promover esses países ex-socialistas com os capitalistas.
As próprias indústrias precisavam se modificar.
1995 – Europa dos quinze
Ingresso da
Suécia, da Finlândia e da Áustria na UE. Essa adesão indica novos mercados e
maior possibilidade de trabalho. Além disso, a Finlândia e a Suécia possuíam
uma pesca bem desenvolvida, mas precisavam de produtos agrícolas devido ao
clima rigoroso. Então, havia um sistema de venda de mercadorias entre esses
países e os outros da UE. Já a Áustria tem uma posição central na Europa e
possuía um sistema ferroviário bem desenvolvido.
2004 – Europa dos vinte e cinco
. Expansão
para o leste europeu.
Países:
Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, Hungria, República Tcheca, Eslováquia,
Eslovênia, Chipre e Malta. Foi necessário que esses países passassem por
modernizações econômicas e ajustes fiscais, ainda mais por causa da mudança do
sistema socialista para o capitalista.
2007 – Europa dos vinte sete
A Romênia e
a Bulgária passam a fazer parte da UE. A Romênia é considerada uma periferia
dentro da periferia que é o leste europeu. Ambos os países tinham baixa
industrialização e desenvolviam atividades agrícolas. Para os países mais
desenvolvidos, a Romênia significava mais trabalho.
A Croácia
ingressou em 2013 na UE, indicando mais mercado consumidor.
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