. Taxonomia: parte da biologia que identifica, nomeia e
classifica os seres vivos. Os cientistas encarregados de tal tarefa estudam a
morfologia interna dos seres, determinando-os como animais, protozoários,
plantas, algas, fungos, bactérias, vírus ou outros animais e criam nomes,
seguindo certas regras de nomenclatura. Deve-se usar dois termos para a
designação de uma espécie. O primeiro termo da nomenclatura é o gênero do ser
vivo. As subespécies são escritas com três termos.
Exemplo: elefante da savana (nome popular) e Loxodonta africana (nome científico
criado pela taxonomia tem o trabalho de descrição dos seres vivos).
. Sistemática: parte da biologia que estuda as relações
evolutivas, oferecendo ferramentas para a construção de uma árvore
filogenética.
Quais são aqueles seres nomeados e classificados?
São os insetos, protozoários, plantas, algas, fungos,
bactérias, vírus (quando considerado um ser vivo) e outros animais.
Divisão dos
Seres Vivos
O primeiro sistema de classificação de modo sistemático dos
seres vivos foi criado por Aristóteles, que utilizou-se de um processo de
separação dos seres que são capazes de se locomover daqueles que são incapazes
de tal ato.
A divisão dos seres vivos é uma tarefa muito complexa.
Inicialmente, falaremos dos diferentes reinos em que é dividida a imensidão de
espécies que hoje existem.
A divisão de seres vivos por reinos iniciou-se com a
existência de 2 reinos: animalia e plantae. Porém, os cientistas começaram a
perceber que certas espécies fugiam dos critérios de classificação de animais
ou de plantas. Por exemplo: os fungos tiveram que formar um novo reino (Reino
Fungi), saindo do reino plantae, porque eles são seres heterotróficos, enquanto
as plantas eram seres autotróficos.
Existem cinco reinos:
.Monera
.Protista
.Fungi
.Fungi
.Plantae
.Animalia
Algumas observações:
. Somente os reinos Monera, Protista, Fungi e Plantae
possuem a chamada parede celular.
A parede celular não tem função seletiva (desempenhada pela membrana plasmática). O cargo da parede celular é de servir como uma proteção mecânica de sustentação da célula. Quando uma célula possui parede celular, recebendo água não há chances de ela explodir, devido à existência da parede celular. Ou seja, a parede celular impede a plasmoptise (a célula estourar em decorrência do grande contingente de água).
A parede celular não tem função seletiva (desempenhada pela membrana plasmática). O cargo da parede celular é de servir como uma proteção mecânica de sustentação da célula. Quando uma célula possui parede celular, recebendo água não há chances de ela explodir, devido à existência da parede celular. Ou seja, a parede celular impede a plasmoptise (a célula estourar em decorrência do grande contingente de água).
Função seletiva: é a membrana plasmática que permite a
entrada e saída de materiais da célula. As membranas plasmáticas desempenham
função de evaginação (quando ela se desdobra para fora da célula) e invaginação
(quando ela se desdobra para dentro da célula). A segunda pode acarretar no uso
de materiais para a formação de organelas como o Complexo de Golgi e o retículo
endoplasmático.
Os humanos, que pertencem ao reino animalia, não possuem
parede celular porque o nosso programa genético não nos transferiu tal
característica. É um erro acharmos que somos mais complexos que seres do reino
plantae, por exemplo. As plantas são capazes de realizar a fotossíntese,
mecanismo autotrófico. Os autótrofos, bioquimicamente, são considerados mais
bem desenvolvidos que os heterótrofos.
Apesar de os protozoários pertencerem ao reino protista, a
células sem parede celular incluem a dos animais e a dos protozoários. Ainda
que não possuir parede celular seja considerado por muitos uma desvantagem,
significa maior flexibilidade e capacidade de movimentação das células.
Um exemplo de movimento celular é o pseudópode ou o
movimento ameboide, desempenhado muito por amebas (protozoários) e leucócitos
(células sanguíneas).
Organização
Celular
A partir do reino Fungi, todos os seres são pluricelulares.
. Tecido: conjunto de células unidas por uma substância
intracelular. Exemplo: sangue, que
possui leucócitos, macrófagos, etc.
É o tecido que diferencia os fungos das plantas e dos
animais. Os fungos não possuem tecidos verdadeiros e suas células são mais
uniformizadas. Há ausência de substância intracelular nesses seres. As células
que formam os fungos não têm uma grande diferenciação celular.
Diferenciação Celular
A diferenciação celular é um mecanismo biológico que se
caracteriza pela ativação e inativação de determinados genes. Em tecidos
diferentes os genes ativados são diferentes. As células que apresentam poucos
genes ativos e que podem ser ativados no futuro são chamadas de células
indiferenciadas (células-tronco).
Ou seja: um indivíduo possui certa carga genética. Porém, em
tecidos diferentes, os genes ativados para a produção de proteínas são
distintos. Assim, há a produção de diferentes proteínas.
Quando somos somente embriões, nossa diferenciação celular é
pequena e o processo de divisão celular ocorre por mitose (produção de
cópias).
. Como o gene se ativa?
Há hipóteses para essa pergunta. Uma das mais conhecidas é a
de que existam certos trechos no DNA que não codificam proteínas, mas são
capazes de ativar genes que o façam.
Voltando para a classificação dos seres vivos
A divisão do mundo natural ocorre em domínios. Existem três
domínios: Bactéria, Archea e Eucarya. Todos os organismos vivos do
planeta são divididos nesses três domínios e, quando se deseja classificar mais
profundamente os seres, deve-se recorrer ao seu reino, filo (ou divisão),
classe, ordem, família, gênero e espécie.
A variedade de espécies de bactérias é tão abrangente que elas
são divididas em dois domínios: archae e bactéria. Já o Reino Monera, aquele
mais antigo, das bactérias, também é dividido por archea-bactérias e
eubactérias. As archea-bactérias são aquelas mais antigas. Já as eubactérias
são as bactérias mais atuais que conhecemos.
Os
nomes abaixo são o que chamamos de grupos taxonômicos, ou seja, grupos de
classificação dos seres vivos a partir de vida até chegar à espécie.
Reino Animal
As
características gerais desse reino são:
.Células eucarióticas
.Multicelular .Nutriçãoheterotrófica
.Respiração aeróbica .Reprodução sexuada .Glicídio de reserva: glicogênio (conjunto de moléculas de glicose)
.Ausência de parede celular
Exemplo
de classificação: Homem
.
Domínio: eucarya
.Reino: animal
.Filo:
cordados * subfilo: vertebrados
.Classe: mamíferos
.Ordem: primatas
.Família: hominídeos
.Gênero: homo
.Espécie: homo sapiens * subespécie: homo sapiens sapiens
O significado do filo cordados
Cordados
são aqueles animais que possuem notocorda (que só existe na fase embrionária de
um ser). A notocorda estimula a formação da coluna vertebral. Logo, na fase
embrionária possuimos a notocorda e na fase adulda, a coluna vertebral.
Existem,
porém, aqueles animais que possuem notocorda mas não desenvolvem uma coluna
vertebral. Esses animais são chamados de protocordados.
Principais filos do reino animal
.
Poríferos ou espongiários (esponjas do mar)
.
Celenterados ou cnidários (corais, água viva)
. Platelmintos (vermes achatados, como: planária,tênia e
esquitossoma)
. Nematelmintos ou asquelmintos (vermes cilíndricos, como: ascaris, que
é a lombriga e ancilóstoma)
.
Anelídeos (vermes anelados, como minhoca e sanguessuga)
. Moluscos (lula, polvo, caramujo que é aquático, caracol que é
terrestre, mexilhão e lesma) .
Equinodermos (ouriço, estrela, pepino)
. Artrópodes
.
Cordados (possuem notocorda)
Classes do filo dos artrópodes
.
Aracnídeos (aranha, escorpião, carrapato, piolho)
. Crustáceos (lagosta, camarão, caranguejo)
. Insetos (formiga, barata e pulga)
. Diplópodes (centopéia)
.
Quilópodes (lacraia)
O
filo dos artrópodes tem como característica principal que todos os seres que
compõe suas classes são invertebrados. Eles não possuem nem notocorda nem coluna
vertebral.
Cordados
.
Sub-filo: protocordados (possuem notocorda, mas não coluna vertebral) = anfioxo
e ascidia.
.
Sub-filo: vertebrados
Classes do sub-filo dos vertebrados (na ordem de
surgimento no planeta)
.
Condríctes (peixes cartilaginosos): tubarão e raia.
. Obsteíctes (peixes ósseos): salmão, sardinha, baiacu.
.
Anfíbios: sapo, rã, perereca, salamandra.
. Répteis: cobras, lagartos, crocodilo, tartaruga.
.
Aves: tucano, arara.
. Mamíferos: ornitorrinco, morcego, golfinho.
Reprodução do Reino Animal
O
conceito de reprodução é a produção de cópias de si mesmo. Analisaremos
aspectos morfológicos, fisiológicos (como os órgãos resprodutores funcionam) e
evolutivos (a maioria tem fecundação interna).
Tipos:
1) Reprodução
Sexuada
A
reprodução sexuada ocorre quando há a mistura do material genético do gameta
feminino com o gameta masculino. Logo, na reprodução sexuada, há a participação
obrigatória de dois gametas. Gametas são as células reprodutoras:
espermatozóides e óvulos.
Na
maioria dos animais ocorre o que chamamos de fecundação. Ou seja, o
espermatozoide e o óvulo participam do processo de formação de um novo
indivíduo. Porém, essa fecundação pode ser interna (cópula), ou externa.
2) Partenogênse
A
partenogênse é um processo de reprodução sexuada que não envolve fecundação. Ou
seja, na partenogênese, o gameta feminino origina um novo indivíduo sem a fecundação.
Exemplo:
abelhas.
O
número de cromossomas do zangão que foi formado somente pelo gameta feminino da
abelha rainha, é a metade do número de cromossomas da abelha rainha (meiose).
O
zangão também é reprodutor. A cópula ocorre no ar entre a abelha rainha e o
zangão. O zangão só chega a fazer uma cópula em sua vida, e morre após fazê-lo.
1) Reprodução
Assexuada
Na
reprodução assexuada não há a mistura de material genético. Logo, não há a
participação de gametas.
Tipos
de reprodução assexuada que formam novos indivíduos:
.
Gemiparidade ou brotamento (espongiários)
. Laceração (planárias)
.
Regeneração (equinodermos)
Exemplo
de gemiparidade ou brotamento:
.
Hidra (cnidário)
O
broto ou a gema (veja a figura abaixo) é uma estrutura que se forma em áreas
específicas da hidra onde ocorre a diferenciação celular. O broto se soltará da
hidra, formando um indivíduo por mitose (característica da reprodução
assexuada), com carga genética idêntica a do indivíduo original. A desvantagem
da reprodução assexuada é que existe pouca variabilidade genética, mas ao mesmo
tempo, gera uma quantidade indivíduos muito maior em pouco tempo. O grupo pode
até perder com variablidade, mas ganha com muitos indivíduos em uma população.
Exemplo
de laceração
.
Planária (platelminto)
As
células das planárias são indiferenciadas, e essa é a condição obrigatória para
que processos como a laceração possam ocorrer. Se esses indivíduos possuíssem
células especializadas, o processo não se realizaria pela complexidade de
reformaçao de diferentes células especializadas. Logo, não poderia haver
formação de novas planárias se elas possuíssem células indiferenciadas.
Esses
animais possuem o que chamamos de ocelos, que não são olhos, mas permitem uma
percepção e distinção de ambientes mais claros ou mais escuros.
Regeneração:
a própria cicatrização é um exemplo de regerenação. A regeneração pode ocorrer
em seres equinodermos, por exemplo, como estrelas-do-mar.
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