sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Classificação geral dos seres vivos

. Taxonomia: parte da biologia que identifica, nomeia e classifica os seres vivos. Os cientistas encarregados de tal tarefa estudam a morfologia interna dos seres, determinando-os como animais, protozoários, plantas, algas, fungos, bactérias, vírus ou outros animais e criam nomes, seguindo certas regras de nomenclatura. Deve-se usar dois termos para a designação de uma espécie. O primeiro termo da nomenclatura é o gênero do ser vivo. As subespécies são escritas com três termos.
Exemplo: elefante da savana (nome popular) e  Loxodonta africana (nome científico criado pela taxonomia tem o trabalho de descrição dos seres vivos).
. Sistemática: parte da biologia que estuda as relações evolutivas, oferecendo ferramentas para a construção de uma árvore filogenética.
Quais são aqueles seres nomeados e classificados?
São os insetos, protozoários, plantas, algas, fungos, bactérias, vírus (quando considerado um ser vivo) e outros animais.
Divisão dos Seres Vivos
O primeiro sistema de classificação de modo sistemático dos seres vivos foi criado por Aristóteles, que utilizou-se de um processo de separação dos seres que são capazes de se locomover daqueles que são incapazes de tal ato.
A divisão dos seres vivos é uma tarefa muito complexa. Inicialmente, falaremos dos diferentes reinos em que é dividida a imensidão de espécies que hoje existem.

A divisão de seres vivos por reinos iniciou-se com a existência de 2 reinos: animalia e plantae. Porém, os cientistas começaram a perceber que certas espécies fugiam dos critérios de classificação de animais ou de plantas. Por exemplo: os fungos tiveram que formar um novo reino (Reino Fungi), saindo do reino plantae, porque eles são seres heterotróficos, enquanto as plantas eram seres autotróficos. 
Existem cinco reinos:
.Monera
.Protista
.Fungi
.Plantae
.Animalia
Algumas observações:
. Somente os reinos Monera, Protista, Fungi e Plantae possuem a chamada parede celular.
             A parede celular não tem função seletiva (desempenhada pela membrana plasmática). O cargo da parede celular é de servir como uma proteção mecânica de sustentação da célula. Quando uma célula possui parede celular, recebendo água não há chances de ela explodir, devido à existência da parede celular. Ou seja, a parede celular impede a plasmoptise (a célula estourar em decorrência do grande contingente de água).
Função seletiva: é a membrana plasmática que permite a entrada e saída de materiais da célula. As membranas plasmáticas desempenham função de evaginação (quando ela se desdobra para fora da célula) e invaginação (quando ela se desdobra para dentro da célula). A segunda pode acarretar no uso de materiais para a formação de organelas como o Complexo de Golgi e o retículo endoplasmático.
Os humanos, que pertencem ao reino animalia, não possuem parede celular porque o nosso programa genético não nos transferiu tal característica. É um erro acharmos que somos mais complexos que seres do reino plantae, por exemplo. As plantas são capazes de realizar a fotossíntese, mecanismo autotrófico. Os autótrofos, bioquimicamente, são considerados mais bem desenvolvidos que os heterótrofos.
Apesar de os protozoários pertencerem ao reino protista, a células sem parede celular incluem a dos animais e a dos protozoários. Ainda que não possuir parede celular seja considerado por muitos uma desvantagem, significa maior flexibilidade e capacidade de movimentação das células.
Um exemplo de movimento celular é o pseudópode ou o movimento ameboide, desempenhado muito por amebas (protozoários) e leucócitos (células sanguíneas).
Organização Celular
A partir do reino Fungi, todos os seres são pluricelulares.
. Tecido: conjunto de células unidas por uma substância intracelular.  Exemplo: sangue, que possui leucócitos, macrófagos, etc.
É o tecido que diferencia os fungos das plantas e dos animais. Os fungos não possuem tecidos verdadeiros e suas células são mais uniformizadas. Há ausência de substância intracelular nesses seres. As células que formam os fungos não têm uma grande diferenciação celular.

Diferenciação Celular
A diferenciação celular é um mecanismo biológico que se caracteriza pela ativação e inativação de determinados genes. Em tecidos diferentes os genes ativados são diferentes. As células que apresentam poucos genes ativos e que podem ser ativados no futuro são chamadas de células indiferenciadas (células-tronco).
Ou seja: um indivíduo possui certa carga genética. Porém, em tecidos diferentes, os genes ativados para a produção de proteínas são distintos. Assim, há a produção de diferentes proteínas.
Quando somos somente embriões, nossa diferenciação celular é pequena e o processo de divisão celular ocorre por mitose (produção de cópias).  
                                    
. Como o gene se ativa?
Há hipóteses para essa pergunta. Uma das mais conhecidas é a de que existam certos trechos no DNA que não codificam proteínas, mas são capazes de ativar genes que o façam.
Voltando para a classificação dos seres vivos
A divisão do mundo natural ocorre em domínios. Existem três domínios: Bactéria, Archea e Eucarya. Todos os organismos vivos do planeta são divididos nesses três domínios e, quando se deseja classificar mais profundamente os seres, deve-se recorrer ao seu reino, filo (ou divisão), classe, ordem, família, gênero e espécie.
A variedade de espécies de bactérias é tão abrangente que elas são divididas em dois domínios: archae e bactéria. Já o Reino Monera, aquele mais antigo, das bactérias, também é dividido por archea-bactérias e eubactérias. As archea-bactérias são aquelas mais antigas. Já as eubactérias são as bactérias mais atuais que conhecemos. 
Os nomes abaixo são o que chamamos de grupos taxonômicos, ou seja, grupos de classificação dos seres vivos a partir de vida até chegar à espécie.
                                                          
Reino Animal
As características gerais desse reino são:
.Células eucarióticas
.Multicelular                                                                                                                                               .Nutriçãoheterotrófica
.Respiração aeróbica                                                                                                                                 .Reprodução sexuada                                                                                                                         .Glicídio de reserva: glicogênio (conjunto de moléculas de glicose)
.Ausência de parede celular
                    
Exemplo de classificação: Homem 
. Domínio: eucarya
.Reino: animal
.Filo: cordados * subfilo: vertebrados
.Classe: mamíferos
.Ordem: primatas
.Família: hominídeos
.Gênero: homo
.Espécie: homo sapiens * subespécie: homo sapiens sapiens

O significado do filo cordados
Cordados são aqueles animais que possuem notocorda (que só existe na fase embrionária de um ser). A notocorda estimula a formação da coluna vertebral. Logo, na fase embrionária possuimos a notocorda e na fase adulda, a coluna vertebral.
Existem, porém, aqueles animais que possuem notocorda mas não desenvolvem uma coluna vertebral. Esses animais são chamados de protocordados.
Principais filos do reino animal
. Poríferos ou espongiários (esponjas do mar)
. Celenterados ou cnidários (corais, água viva)
. Platelmintos (vermes achatados, como: planária,tênia e esquitossoma)
. Nematelmintos ou asquelmintos (vermes cilíndricos, como: ascaris, que é a lombriga e ancilóstoma)
. Anelídeos (vermes anelados, como minhoca e sanguessuga)
. Moluscos (lula, polvo, caramujo que é aquático, caracol que é terrestre, mexilhão e lesma)          . Equinodermos (ouriço, estrela, pepino)
. Artrópodes
. Cordados (possuem notocorda)

Classes do filo dos artrópodes
. Aracnídeos (aranha, escorpião, carrapato, piolho)
. Crustáceos (lagosta, camarão, caranguejo)
. Insetos (formiga, barata e pulga)
. Diplópodes (centopéia)
. Quilópodes (lacraia)
O filo dos artrópodes tem como característica principal que todos os seres que compõe suas classes são invertebrados. Eles não possuem nem notocorda nem coluna vertebral.

Cordados
. Sub-filo: protocordados (possuem notocorda, mas não coluna vertebral) = anfioxo e ascidia.
. Sub-filo: vertebrados

Classes do sub-filo dos vertebrados (na ordem de surgimento no planeta)
. Condríctes (peixes cartilaginosos): tubarão e raia.
. Obsteíctes (peixes ósseos): salmão, sardinha, baiacu.
. Anfíbios: sapo, rã, perereca, salamandra.
. Répteis: cobras, lagartos, crocodilo, tartaruga.
. Aves: tucano, arara.
. Mamíferos: ornitorrinco, morcego, golfinho.

Reprodução do Reino Animal
O conceito de reprodução é a produção de cópias de si mesmo. Analisaremos aspectos morfológicos, fisiológicos (como os órgãos resprodutores funcionam) e evolutivos (a maioria tem fecundação interna).
Tipos:
   1)      Reprodução Sexuada                                                                                                          
A reprodução sexuada ocorre quando há a mistura do material genético do gameta feminino com o gameta masculino. Logo, na reprodução sexuada, há a participação obrigatória de dois gametas. Gametas são as células reprodutoras: espermatozóides e óvulos.
Na maioria dos animais ocorre o que chamamos de fecundação. Ou seja, o espermatozoide e o óvulo participam do processo de formação de um novo indivíduo. Porém, essa fecundação pode ser interna (cópula), ou externa.
   2)      Partenogênse
A partenogênse é um processo de reprodução sexuada que não envolve fecundação. Ou seja, na partenogênese, o gameta feminino origina um novo indivíduo sem a fecundação.
Exemplo: abelhas. 
                   
O número de cromossomas do zangão que foi formado somente pelo gameta feminino da abelha rainha, é a metade do número de cromossomas da abelha rainha (meiose).
O zangão também é reprodutor. A cópula ocorre no ar entre a abelha rainha e o zangão. O zangão só chega a fazer uma cópula em sua vida, e morre após fazê-lo.
   1)       Reprodução Assexuada
Na reprodução assexuada não há a mistura de material genético. Logo, não há a participação de gametas.
Tipos de reprodução assexuada que formam novos indivíduos:
. Gemiparidade ou brotamento (espongiários)
. Laceração (planárias)
. Regeneração (equinodermos)
Exemplo de gemiparidade ou brotamento:
. Hidra (cnidário)
O broto ou a gema (veja a figura abaixo) é uma estrutura que se forma em áreas específicas da hidra onde ocorre a diferenciação celular. O broto se soltará da hidra, formando um indivíduo por mitose (característica da reprodução assexuada), com carga genética idêntica a do indivíduo original. A desvantagem da reprodução assexuada é que existe pouca variabilidade genética, mas ao mesmo tempo, gera uma quantidade indivíduos muito maior em pouco tempo. O grupo pode até perder com variablidade, mas ganha com muitos indivíduos em uma população.
                            
Exemplo de laceração
. Planária (platelminto)
As células das planárias são indiferenciadas, e essa é a condição obrigatória para que processos como a laceração possam ocorrer. Se esses indivíduos possuíssem células especializadas, o processo não se realizaria pela complexidade de reformaçao de diferentes células especializadas. Logo, não poderia haver formação de novas planárias se elas possuíssem células indiferenciadas.
Esses animais possuem o que chamamos de ocelos, que não são olhos, mas permitem uma percepção e distinção de ambientes mais claros ou mais escuros.

                                
Regeneração: a própria cicatrização é um exemplo de regerenação. A regeneração pode ocorrer em seres equinodermos, por exemplo, como estrelas-do-mar. 
                                 


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